terça-feira, 23 de dezembro de 2008



Um Santo e Feliz Natal e um 2009 fabuloso





Todos os momentos de um ano inteiro parecem juntar-se agora e fazem-nos relembrar o porquê da importância da quadra natalícia. Mais do que nunca esta quadra é um espaço para lembrarmo-nos de um amigo ou simplesmente de alguém, é um espaço para saber perdoar e para amar, para cair e recomeçar de novo. Dar oportunidade aos outros é dar oportunidade a nós próprios, este é o melhor prenúncio dos tempos que correm!


Bem haja a todos os meus amigos

P.S: Dia 25 de Dezembro Baile no Monte dos Cevadais à partir da hora de jantar. Leva uma amiga gira ou duas :-)

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

As Veredas de Trás-os-Montes e de Castilla Y León

Numa estranha coincidência ou talvez não, numa daquelas incursões que o destino se encarrega de tratar por nós. Cruzei-me com alguém que desde o início partilha em muito a minha forma de ser e que percorre muitas das veredas que eu percorro, alguém que se tornou amiga, amiga de verdade, que tem sempre um sorriso, um email, uma lembrança... e muito mais do que isso!


Depois de algum tempo sem ver essa amiga, depois de alguns convites de parte a parte, e ao fim de algumas promessas em vão, - terminando a conversa sempre com um:

- Qualquer dia apareço por aí, fica descansada que apareço!

Certo dia, já vencido pela vergonha das promessas em vão, ganhei coragem, juntei um dia ao fim-de-semana e ao feriado, e lá fui até Miranda do Douro e por outras veredas mais...


O Rochedo & Sé de Miranda do Douro



Plaza Mayor

Apenas a 1h30 de caminho fica Salamanca, cidade que me deixou boquiaberto com o assombroso património arquitectónico e cultural. E como qualquer outra cidade espanhola, respira-se energia, dinâmica e jovialidade. Salamanca é uma das cidades espanholas mais ricas em monumentos da Idade Média, do Renascimento e das épocas clássica e barroca. Destacam-se as Catedrais, o Palácio de La Salina, o Palácio de Anaya, o Palácio de Monterrey, a Casa das Conchas, o Convento das Dueñas e a Torre do Clavero.










Casa de las Conchas



Catedral Nueva



Clerecía


A mi me encanta pasear por las ruas (calles) y por la plaza mayor de esta ciudad, y me encanta hacerlo sobre todo por la noche, porque la belleza de Salamanca aumenta más si cabe en cuanto se pone el sol...


E...mais não conto!


Obrigado Carla

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

A Restauração da Independência

Defenestração de Miguel de Vasconcelos

O primeiro dia de Dezembro de 1640 amanheceu puro e alegre...

Assim o afirmam quantos viveram essa data gloriosa da História de Portugal. Deve ter sido uma daquelas manhãs de Inverno bem Lisboetas - frias, doiradas pelo sol. Mas, mesmo que fosse chuvosa, ou o céu trovejasse pesado e escuro, no coração do Povo português ficaria sempre recordada como a mais alegre manhã de que há memória.

Os fidalgos portugueses que tinham resolvido restaurar a independência portuguesa, aclamando Rei o Duque de Bragança, dirigiam-se discretamente para o Terreiro do Paço.

Na sé, o relógio da torre começa a badalar, e, como por encanto, os conjurados descem dos coches, saltam dos cavalos, estugam o passo à uma, entram em grupo no Palácio da Ribeira, desembaraçando-se das capas, empunhando pistolas, desembainhando espadas.

É o ataque de surpresa. Em poucos minutos, dominam a guarda alemã da Vice-Rainha, derrubam as alabardas, invadem as salas a caminho do gabinete de Miguel de Vasconcelos, o Secretário de Estado, traidor aos Portugueses.
Não o encontram. Teria fugido? Mas uma negrinha de grandes olhos espertos aponta um armário. Abrem-no. Miguel Vasconcelos sai, branco de espanto, e é logo morto.
Batalha de Montes Claros

Os conspiradores tinham desempenhado as funções e ocupado os postos previamente combinados. O largo terreiro é já um mar de gente. O povo ocorre, da Ribeira, da Rua Nova, do Rossio, abandonando lojas e serviços, gritando, num entusiamo novo, dançando abraçado, como numa festa antiga.

Abrem-se janelas do Paço e surge D. Miguel de Almeida, de espada erguida, as lágrimas rolando sobre a barba branca:

- Liberdade, Portugueses! Viva El-Rei D. João IV!

Nos tempos que correm, é vulgar assistir por aí, a ideia de que a nossa independência não é necessária. De que podemos depender dos outros, seja da União Europeia, seja dos E.U.A ou dos espanhóis. E até que seríamos mais bem governados se o fôssemos por outros.

Questiono-me! Que pobres almas são estas que se vendem por meia-dúzia de tostões, que traem a sua pátria? Esses alegres pensadores, alguns até ilustres escritores da nossa praça, deveriam ter mais juízo e respeito por Portugal!
Viva Portugal!
Texto introdutório In Portugal História e Geografia